(ANSA) - A promotoria do Novo México, nos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira (19) que vai acusar formalmente o ator Alec Baldwin e a responsável por armas no set das gravações do filme "Rust", Hannah Gutierrez-Reed, por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) no incidente que culminou com o falecimento da diretora Halyna Hutchins.
A decisão chega após 15 meses do trágico episódio, ocorrido em outubro de 2021, quando um tiro de uma arma que deveria ter balas de festim como carga matou Hutchins e feriu também o diretor Joel Souza. O armamento estava carregado com munição real.
Baldwin, que também era um dos produtores do longa, e Gutierrez-Reed poderão pegar entre 18 meses e cinco anos de detenção.
"Ninguém está acima da lei", disse a promotora do distrito de Santa Fé, Mary Carmack-Altwies, ao anunciar a decisão. Segundo a responsável pelo caso, "você não deve apontar uma arma para alguém se não está disposto a atirar e isso é um padrão básico de segurança".
Após o anúncio, o ator disse que isso é uma "terrível injustiça" e voltou a repetir que a arma disparou sozinha, sem que ele apertasse o gatilho.
Já o assistente de direção, David Halls, se declarou culpado pelo uso negligente de uma arma letal e por ter entregue o equipamento a Baldwin. Com a declaração, foi feito um acordo para que ele fique seis meses sob liberdade vigiada, mas não deve haver nenhuma determinação de pena em regime fechado.
"Se uma dessas três pessoas tivesse feito seu trabalho, Halyna Hutchins hoje estaria viva. As provas mostram uma grande falta de respeito às normas de segurança no set de 'Rust'. No Novo México, não há lugar para locações cenográficas que não levem a sério os nossos compromissos com a segurança do público, sobretudo, quando há armas em jogo", acrescentou a procuradora.
A família de Hutchins se manifestou por meio de seu advogado, Brian Panish, agradecendo pelo trabalho dos procuradores e dizendo que eles "têm a esperança de que a justiça será feita".
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