(ANSA) - O Senado da Itália aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (11) um projeto de lei que prevê a criação do Museu Nacional do Holocausto em Roma.
Ao todo, a iniciativa recebeu 157 votos favoráveis sob aplausos e agora passará pela Câmara dos Deputados para ser analisada.
Proposto pelo ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, o projeto tem como objetivo "ajudar a manter viva e presente a memória da tragédia" no campo de extermínio nazista de Auschwitz.
O texto prevê que a Fundação Museu do Holocausto será colocada sob a supervisão do Ministério da Cultura da Itália, que planeja as atividades museológicas. Para a construção e funcionamento do local "está autorizada a despesa de 4 milhões de euros para o ano de 2023, de 3 milhões de euros para 2024, de 3.050 milhões de euros para 2025 e 50 mil euros anuais a decorrer do ano de 2026".
"Agradeço ao Senado por ter aprovado por unanimidade o projeto de lei do governo que possibilitará a criação, em Roma, do museu nacional dedicado à memória dos crimes do Holocausto, cujo histórico e singularidade não devem ser esquecidos", comemorou Sangiuliano.
Segundo o ministro italiano, com a criação da instituição será suprida uma carência de ter um museu sobre o Holocausto presente em todas as grandes capitais da Europa. "Me pareceu um dever criá-lo também na Itália. É importante cultivar a memória do grande crime do Holocausto", acrescentou.
Sangiuliano enfatizou ainda que "em poucos meses desde que tomamos posse, estamos cumprindo um compromisso que só vem sendo anunciado há anos". "Agora espero que a Câmara consiga aprovar definitivamente o texto em tempo razoável e com os mesmos números do Senado ", concluiu.
Apesar da proposta apresentada pelo atual ministro da Cultura, a ideia inicial de construir um museu dedicado à memória do Holocausto em Roma, como existe nas cidades europeias mais importantes, nasceu, de fato, em 1997. No entanto, foi o então prefeito Walter Veltroni quem anunciou o início das obras em 2005.
Na ocasião, o Campidoglio adquiriu uma área de Villa Torlonia, ao lado da então residência de Benito Mussolini: uma escolha com um forte valor histórico e simbólico. Desde então, uma série de burocracias paralisou o projeto.
Em 2016, a então prefeita de Roma Virginia Raggi anunciou que o plano seria retomado "em breve", mas a emergência da Covid-19 voltou a paralisá-lo. Somente em meados de setembro de 2021 que foi iniciada a construção do canteiro do museu, com o lançamento da primeira pedra.
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