(ANSA) - Uma multidão de cinéfilos em Veneza para o Festival Internacional de Cinema se reuniu, sob o sol, aguardando a passagem do cineasta-star Wes Anderson.
Ele projetou nesta sexta-feira (1º) seu média-metragem de 40 minutos, com um elenco de VIPs bloqueados pela greve de atores e roteiristas de Hollywood, entre eles Benedict Cumberbatch e Ralph Fiennes.
"The Wonderful Story of Henry Sugar" é mais uma de suas adaptações de obras do escritor britânico Roald Dahl.
Questionado sobre os recentes esforços dos editores de Dahl para eliminar materiais que hoje podem ser considerados ofensivos, Anderson se disse contra: "Se me perguntarem se é possível permitir um retoque a um quadro de Renoir, eu diria que não. Não sou a favor nem de que o próprio artista modifique seu trabalho uma vez feito".
"Entendo a motivação, mas quando acabou, acabou. E certamente ninguém que não seja o próprio autor deveria modificar um livro", acrescentou.
Ao todo, Wes Anderson prepara quatro adaptações da obra de Dahl para a Netflix.
O cineasta também recebeu nesta sexta o prêmio Cartier Glory to the Filmmaker.
A honraria homenageia personalidades que tenham marcado o cinema contemporâneo de maneira original Criado em 2006, o prêmio é patrocinado atualmente pela joalheria francesa Cartier e já homenageou astros como Sylvester Stallone, Al Pacino, Spike Lee, Ettore Scola, Costa-Gavras, Abel Ferrara e Ridley Scott.
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