(ANSA) - O icônico Teatro alla Scala, em Milão, reabre nesta quinta-feira (7) sua temporada lírica com uma apresentação de Don Carlo, de Giuseppe Verdi.
A tradição, que mobiliza a capital financeira da Itália, ocorre sempre no dia 7 de dezembro, dia de Sant'Ambrogio, padroeiro de Milão.
Muitas convidadas para a estreia decidiram homenagear Giulia Cecchettin e outras vítimas de feminicídio, vestindo vermelho. O protesto desafia as normas que proíbem o uso da cor no teatro.
Sabina Negri, dramaturga, usou sapatos vermelhos. A cirurgiã plástica Dvora Ancona fez um vestido vermelho sob medida com Antonio Riva.
A senadora vitalícia Liliana Segre chegou ao teatro acompanhada do prefeito de Milão, Giuseppe Sala, e foi aplaudida em sua entrada.
"Espero uma grande noite de música", disse o presidente do Senado, Ignazio La Russa, à ANSA, em sua chegada.
"É uma vitrine para o mundo. A ópera agora é patrimônio da Unesco e hoje assistir a esta estreia de uma ópera madura de Verdi é realmente um grande prazer, com cantores extraordinários. Então, é uma alegria para o coração", disse a ministra das Reformas, Maria Elisabetta Casellati.
"Esta noite espero beleza", disse a cantora Patti Smith. Aos que lhe pediram um comentário sobre a situação política, a cantora respondeu: "Estou aqui pelas crianças, não pela política".
"É uma noite muito bonita. Esta é a minha cultura, porque fala da história de nós espanhóis. Estou muito feliz, esta é a minha primeira vez aqui, estou realmente muito animado", disse o cineasta Pedro Almodóvar, acompanhado do ator francês Louis Garrel.
Para quem não consegue comprar os ingressos, a ópera é transmitida em cinemas, teatros e espaços culturais da cidade.
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