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Pacheco quer aprovar reforma tributária ainda neste ano, mas com mudanças

Pacheco quer aprovar reforma tributária ainda neste ano, mas com mudanças

Texto já foi chancelado pela Câmara dos Deputados

SÃO PAULO, 28 agosto 2023, 17:09

Redação ANSA

ANSACheck

Rodrigo Pacheco defende alíquota máxima para o IVA © ANSA/EPA

(ANSA) - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira (28) que acredita na aprovação definitiva da reforma tributária, pilar da política econômica do governo Lula, ainda neste ano.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) já foi aprovada na Câmara no início de julho e agora começará a tramitar no Senado, mas prováveis mudanças no texto devem fazer com que ele volte a ser analisado pelos deputados.

Em evento do grupo empresarial Lide em São Paulo, Pacheco indicou que eventuais alterações no Senado serão negociadas com a Câmara para acelerar a tramitação, e a expectativa é de que a reforma tributária seja "entregue pelo Congresso Nacional até o fim do ano".

A PEC aprovada pelos deputados prevê a unificação de cinco tributos em dois impostos de valor agregado (IVA), sendo um de âmbito federal e outro estadual/municipal, bem como a isenção de produtos da cesta básica.

Pacheco garantiu que este último item será mantido, mas defendeu a instituição de uma alíquota máxima para o IVA, para evitar que o governo tenha um "cheque em branco" para estabelecer qualquer valor. O Ministério da Fazenda, no entanto, resiste a essa proposta.

"A fixação de um limite pode ser uma ideia razoável e que pode ser implementada. Se nós nos contentamos com o fato de sermos o país com maior índice de juros do mundo, não podemos nos contentar também com o maior IVA", declarou o presidente do Congresso Nacional.

Pacheco também disse que o Senado vai conduzir estudos para saber se a reforma pode significar aumento da carga tributária e que haverá uma sessão nesta terça-feira (29) para ouvir as demandas de governadores.

A expectativa do presidente do Senado é de que a PEC chegue ao plenário no início de outubro, após tramitar pelas comissões. (ANSA)

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