(ANSA) - A Itália informou oficialmente a China que está abandonando a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI), também conhecida como "Nova Rota da Seda", megaprojeto chinês para ampliar sua influência no mundo.
A informação foi revelada por fontes do governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, à ANSA nesta quarta-feira (6).
Segundo os relatos, o governo italiano entregou uma carta a Pequim há alguns dias. A medida ocorre após o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores da Itália, Riccardo Guariglia, fazer uma missão à China durante o verão no hemisfério norte, seguida de uma visita do vice-premiê e chanceler italiano, Antonio Tajani.
A intenção dos dois países de cultivar a sua parceria estratégica foi confirmada nas reuniões e foram tomada medidas preparatórias para a visita do presidente italiano, Sergio Mattarella, à China no próximo ano, acrescentaram as fontes.
A Itália assinou um memorando de entendimento com Pequim em 2019, na gestão do então premiê Giuseppe Conte, do Movimento 5 Estrelas (M5S), mas, quando Meloni assumiu o cargo no ano passado, ela garantiu que queria deixar o acordo porque não trouxe ganhos significativos para o país.
Na ocasião, a imprensa chinesa alegou que o desejo de sair do acordo de Meloni era resultado de uma pressão dos Estados Unidos.
A nação é a única do G7 a integrar a Nova Rota da Seda, instrumento por meio do qual a China promete investimentos pesados em infraestrutura e telecomunicações para aumentar a conectividade entre África, Ásia e Europa.
O Palazzo Chigi, sede do governo italiano, "não fez comentários" ao ser questionado sobre a medida. O acordo expira em março de 2024 e teria sido automaticamente renovado, a menos que Roma avisasse formalmente com uma carta pelo menos três meses antes da data, como, de fato, ocorreu.
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