Os sindicatos que representam os funcionários da ITA Airways e Lufthansa enviaram nesta quarta-feira (29) uma carta conjunta à comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, para pedir a aprovação da oferta da companhia alemã para comprar uma participação de 41% da empresa italiana.
O executivo da UE ainda não deu a sua aprovação à operação avaliada em 325 milhões de euros porque está preocupado com o seu impacto na concorrência.
Sob a ótica de Bruxelas estão, em particular, 39 rotas de curta distância que ligam a Itália à Europa Central, os Estados Unidos, o Canadá e o Japão, e o risco de uma posição dominante no aeroporto de Linate, em Milão.
Na carta, os sindicatos manifestaram "total apoio" à fusão, em parte como forma de combater a concorrência desleal de fora da Europa, e apelaram a Vestager para "nos ouvir".
O documento afirma que uma "decisão rápida e positiva" sobre a operação "sinalizaria que você [Vestager], a Comissão Europeia, está a concentrar-se na força e na competitividade, em um ambiente de mercado justo e no crescimento na Europa".
"O objetivo deve ser fortalecer a nossa indústria da aviação europeia, a sua criação de valor, os seus empregos de acordo com os padrões europeus e manter as suas receitas fiscais na Europa", afirmou o texto.
Segundo fontes do governo da premiê Giorgia Meloni, o Ministério da Economia da Itália apresentou as respostas às últimas conclusões levantadas pelo órgão europeu à comissão antitruste e não há pedidos para que haja um adiamento da decisão de Vestager.
O Poder Executivo da União Europeia adiou para 13 de junho o prazo para decidir sobre a fusão das empresas aéreas. O prazo original era 6 de junho.
Na semana passada, as partes envolvidas apresentaram a Bruxelas um novo pacote de propostas para resolver as preocupações relacionadas a slots, rotas e ao aeroporto de Milão-Linate.
Neste último caso, onde as companhias já detêm uma grande parcela do mercado, as possíveis soluções incluem a cessão de uma parte significativa de slots para concorrentes. O objetivo é minimizar efeitos após a compra de 41% da companhia aérea italiana pelo grupo alemão.
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