Após entraves nas negociações, o governo da Itália enviou ao poder Executivo da União Europeia o plano com as medidas corretivas para finalizar o acordo para a venda da companhia aérea estatal ITA Airways ao grupo alemão Lufthansa.
Anunciada em 2023, a operação foi aprovada pela Comissão Europeia em junho passado, mas com a condição de que as partes cedessem algumas rotas a outras empresas para garantir a concorrência no mercado de aviação civil no bloco.
O prazo para enviar as correções terminava às 23h59 de segunda-feira (11), e o acordo chegou a ficar sob risco após a Lufthansa ter pedido ao Ministério da Economia e das Finanças da Itália um desconto devido a investimentos feitos nos últimos meses.
O governo de Giorgia Meloni rechaçou, e a empresa alemã acabou recuando. "As condições econômicas previstas não sofreram alterações", garantiu o Ministério da Economia em um comunicado.
Agora as partes aguardam o aval definitivo da Comissão Europeia ainda em novembro para concluir a operação.
A Lufthansa comprará inicialmente 41% da ITA, companhia nascida do espólio da falida Alitalia, por meio de um aumento de capital de 325 milhões de euros (R$ 2 bilhões), mas a previsão é de que o grupo assuma o restante das ações até 2033, com um investimento total de 829 milhões de euros (R$ 5,1 bilhões).
Para garantir a aprovação da UE, as partes concordaram em ceder slots no Aeroporto de Milão-Linate e rotas entre a Itália e a Europa Central (Alemanha, Áustria, Bélgica e Suíça) para a EasyJet, além de trechos entre Roma-Fiumicino e a América do Norte (São Francisco, Washington e Toronto) para Air France-KLM e IAG (dona de British Airways e Iberia).
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