As montadoras japonesas Honda e Nissan confirmaram nesta segunda-feira (23) as negociações para uma fusão que criaria o terceiro maior grupo automotivo do mundo.
Por meio de um comunicado, as duas empresas anunciaram a assinatura de um memorando de entendimento que levará à constituição de uma nova holding, incluindo também a Mitsubishi, que já tem a Nissan como principal acionista.
O objetivo é fazer frente ao crescente domínio de montadoras chinesas no mercado de carros elétricos, tendo em vista também uma possível guerra comercial do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, contra veículos importados.
As negociações estão previstas para terminar até junho de 2025, de acordo com as companhias. Em novembro passado, a Honda havia reduzido sua previsão de lucro no atual ano fiscal para 950 bilhões de ienes (R$ 37 bilhões), queda de 14,2% em relação ao período anterior, por causa da desaceleração das vendas na China.
Paralelamente, a Nissan anunciou um plano para cortar 9 mil postos de trabalho e diminuir a capacidade produtiva global em 20%, citando dificuldades nos EUA e também no mercado chinês, onde os veículos híbridos e elétricos já representam cerca de 40% das vendas, com a BYD na liderança.
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