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Brasil pode ser grande produtor de hidrogênio verde, diz Lula

Brasil pode ser grande produtor de hidrogênio verde, diz Lula

Presidente reclamou que 'pouca gente fala de paz'

SÃO PAULO, 21 junho 2023, 08:35

Redação ANSA

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Lula também falou sobre laços entre Brasil e Itália - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - Em visita à Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou que não acredita que Rússia ou Ucrânia possam vencer a guerra em curso desde o ano passado entre os dois países.

A declaração foi dada em entrevista ao jornal Corriere della Sera, que questionou o mandatário brasileiro sobre o desejo de mediar uma solução para o conflito entre Moscou e Kiev.

"Ambos os países acreditam que podem vencer militarmente. Eu não estou de acordo. Acho que tem muito pouca gente que fala de paz. A minha angústia é que, com tantas pessoas que passam fome no mundo, com tantas crianças sem comida, estamos pensando em guerra em vez de nos ocupar de como resolver as desigualdades", disse Lula.

Segundo o presidente, é "urgente que Rússia e Ucrânia encontrem um caminho comum rumo à paz". Lula também afirmou que espera "conhecer melhor" a premiê da Itália, Giorgia Meloni, para "reforçar os laços entre os países, que sempre foram muito fortes".

"Brasil e Itália têm uma longa história de colaboração no comércio e nos investimentos. Hoje miramos também na energia renovável. 87% da nossa eletricidade é proveniente de fontes renováveis, bem acima da média mundial, que é de 28%. Queremos expandir a produção de energia solar e eólica, o potencial do Nordeste brasileiro é enorme. Podemos ser um grande produtor de hidrogênio verde, com capacidade de apoiar o mundo na transição energética", acrescentou.

Lula ainda defendeu uma "nova visão de desenvolvimento sustentável" para a Amazônia, região que abriga 25 milhões de brasileiros. "Vamos investir em pesquisa científica, indústrias limpas e turismo para garantir que a floresta valha mais para quem vive nela. As populações que vivem na região precisam de renda, trabalho, proteção social, saúde e educação", afirmou. (ANSA)

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