O ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto Pichetto Fratin, está nesta quinta-feira (12) em São Paulo para participar da apresentação do plano de emergência da Enel para o verão 2024-2025 e de um seminário promovido pela empresa italiana de energia.
O evento sobre resiliência climática, pesquisa e investimentos também reuniu os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, além do CEO da Enel, Flavio Cattaneo.
As reuniões agendadas com o governo brasileiro são uma oportunidade de reafirmar a estreita e proveitosa cooperação entre Itália e Brasil, que é o primeiro parceiro comercial do país europeu na América Latina, com um intercâmbio de 10 bilhões de euros (R$ 62,5 bilhões) por ano e investimentos italianos que ultrapassam os 13 bilhões (R$ 81,2 bilhões).
"A Itália reconhece e aprecia o caminho de transição energética empreendido pelo Brasil. O papel das redes de distribuição será cada vez mais crucial para satisfazer a demanda e acomodar novas capacidades provenientes de fontes renováveis, juntamente com sistemas de armazenamento de energia, que são fundamentais para garantir um fornecimento estável e confiável, equilibrando a oferta e a demanda do sistema elétrico", declarou Pichetto Fratin.
Segundo o ministro, a Itália "apoia fortemente" as prioridades definidas pela presidência brasileira no G20 no setor, "para acelerar o financiamento às economias em desenvolvimento e aos países mais vulneráveis; favorecer a dimensão social da transição energética; e promover o papel fundamental dos biocombustíveis sustentáveis em nível global".
"O setor energético italiano está fortemente envolvido no Brasil, com investimentos que também visam o desenvolvimento da cadeia e a criação de empregos locais. A cooperação público-privada, a contribuição da comunidade científica e a participação ativa da população são elementos essenciais para enfrentar com sucesso os fenômenos climáticos extremos e proteger o bem-estar e a segurança dos cidadãos", disse Pichetto Fratin.
"Neste contexto, insere-se o compromisso renovado do grupo Enel com novos investimentos previstos para os próximos três anos, destinados em grande parte à melhoria e resiliência da rede de distribuição. As autoridades públicas devem estabelecer políticas e regulamentações que incentivem e facilitem os investimentos na resiliência das infraestruturas. Ao mesmo tempo, as empresas privadas, com sua experiência, conhecimento tecnológico, inovação e investimentos, têm a capacidade de desenvolver soluções tecnológicas de ponta e gerir as operações com uma visão estratégica, em benefício do bem-estar público", salientou.
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