A Guarda de Finanças da Itália realizou nesta quarta-feira (23) novas buscas dentro de vários escritórios de advocacia em Turim, Roma e Milão como parte da investigação sobre as contas da Juventus.
Segundo relatos iniciais, o novo inquérito tenta esclarecer quatro pagamentos mensais que os jogadores da Velha Senhora decidiram congelar durante o período da pandemia de Covid-19, em acordo com o clube italiano.
Por ordem dos magistrados Marco Gianoglio, Ciro Santoriello e Mario Bendoni, a polícia financeira iniciou a verificação de uma manobra salarial para as temporadas 2019-20 e 2020-21.
Na operação, foram recuperados documentos nos escritórios de advogados e agentes que cuidavam dos interesses dos jogadores da Juventus. Os magistrados têm dúvidas que o caminho contábil seguido pelo clube não foi correto.
Conforme o inquérito, os promotores informam que os documentos confidenciais eram mantidos fora do escritório para serem destruídos, uma vez que não havia mais finalidade de garantia.
A investigação revela ainda que "surgiram pistas concretas sobre a existência de múltiplas escrituras privadas" entre o clube e os representantes dos jogadores que não estão "depositadas junto dos órgãos competentes".
As buscas, destinadas a encontrar os documentos, foram ordenadas contra um advogado que trabalha no escritório de advocacia de Turim Weigmann, considerado um dos mais prestigiados da Itália; de três profissionais do escritório milanês Whiters; de um do Legance, e um de Roma.
Os escritórios não estão envolvidos na investigação e os advogados em questão não são alvos.
As buscas fazem parte do desdobramento da investigação chamada "Prisma", lançada em dezembro passado, que tem como alvo o presidente Andrea Agnelli, o vice-presidente Pavel Nedved, o ex-diretor esportivo Fabio Paratici (atualmente no Tottenham), o diretor financeiro Stefano Cerrato, o ex-diretor financeiro Stefano Bertola e o ex-dirigente Marco Re.
De acordo com as autoridades, o clube lançava em seus balanços ganhos de capital fictícios provenientes da compra e venda de jogadores, receitas que seriam de "natureza meramente contábil". As operações suspeitas totalizam pouco mais de 280 milhões de euros em três anos. (ANSA)
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