Um tribunal da Suíça iniciou nesta quarta-feira (8) o julgamento de Joseph Blatter e Michel Platini, ex-presidentes da Fifa e da Uefa, respectivamente, por fraude e suposto pagamento de propina.
Os dois cartolas, que foram banidos do futebol em 2015, foram acusados pelo Ministério Público da Suíça de terem desviado por volta de US$ 2 milhões. Segundo as autoridades, Blatter fez o pagamento para o ex-jogador da Juventus em 2011, mas o caso veio à tona em 2015 e obrigou o suíço de 86 anos a renunciar ao comando da Fifa.
De acordo com a acusação, esse suposto pagamento realizado por Blatter foi "sem fundamento" e teria sido obtido por meio de controles internos "artificialmente enganosos" da Fifa por meio de falsas afirmações dos dois ex-dirigentes.
O pagamento seria relativo a trabalhos de consultoria realizados sem contrato durante o primeiro mandato de Blatter, entre 1998 e 2002. O ex-jogador francês foi conselheiro do suíço neste período.
Blatter e Platini, que aguardam pelo julgamento em liberdade, marcaram presença no tribunal de Bellinzona, na região sudeste da Suíça. Caso sejam considerados culpados, os dois ex-dirigentes podem ser condenados a cinco anos de prisão ou a pagamento de multa.
Há três anos, o ex-camisa número 10 da Juventus chegou a ser preso na França, mas acabou sendo liberado horas depois, após prestar depoimento para as autoridades locais.
Todo esse caso frustrou Platini, pois o ex-craque francês tinha intenção de suceder seu mentor à frente da Fifa. O ex-atleta também teve seu nome envolvido em casos de corrupção e o impediu de ser candidato á presidência da entidade.
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