O ex-jogador de futebol Samuel Eto'o foi condenado a 22 meses de prisão por uma fraude fiscal no valor de 3,8 milhões de euros, anunciou um tribunal espanhol nesta segunda-feira (20). Além da condenação, que está suspensa, o camaronês precisará pagar quatro multas que totalizam 1,8 milhão de euros.
Eto'o foi condenado ao lado de seu ex-representante, Jose Maria Mesalles, que recebeu um pena de 12 meses de detenção e também foi multado.
Durante a audiência, conforme a imprensa espanhola, o ex-jogador aceitou a pena imposta pelo tribunal, mas voltou a dizer que, na época dos fatos, "era muito novo" e que só fez o que Mesalles o ordenara fazer.
Conforme a procuradoria, que pedia penas de até quatro anos para ambos, Eto'o cometeu a fraude contra o Tesouro Nacional entre os anos de 2006 e 2009 enquanto atuava pelo Barcelona - time que começou a defender em 2004.
A acusação afirma que o atleta transferiu os valores recebidos por direito de imagem para uma empresa com base na Hungria, país que tem um imposto muito menor do que na Espanha. Após isso, uma outra empresa, dessa vez em território espanhol, fazia a declaração do que ele havia ganhado, só que em valores muito menores do que na realidade, o que fazia com que o imposto pago fosse menor.
Como Eto'o e Mesalles não têm antecedentes criminais e a pena foi menor que dois anos completo de condenação, ambos não precisarão ir para um presídio. O cumprimento da sentença só ocorrerá se houver reincidência.
O caso do ex-atacante camaronês é semelhante a processos recentes de ex-jogadores do Barcelona, como Lionel Messi e Neymar, e do Real Madrid, Cristiano Ronaldo.
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