Apesar de não ter se classificado para a Copa do Mundo de 2022, a Itália enviará 560 militares ao Catar para uma missão de apoio às forças armadas do país para reforçar a segurança durante a competição.
Considerada a maior e mais importante disputa de futebol organizada pela Fifa em todo o mundo, a Copa está programada para ser realizada entre 21 de novembro e 18 de dezembro.
O envio dos soldados italianos está previsto na resolução do Conselho de Ministros sobre a participação da Itália em missões internacionais, agora em análise pela Comissão de Defesa da Câmara.
A Copa do Mundo, sediada pela primeira vez por um país do Oriente Médio, "poderia ser potencialmente alvo de atividades hostis de natureza militar ou terrorista conduzidas por Estados terceiros, organizações terroristas transnacionais ou indivíduos", diz o documento.
De acordo com a resolução, "os líderes do Catar expressaram, portanto, a esperança de que a Itália - juntamente com um pequeno grupo de outros países, incluindo França, Reino Unido, EUA e Turquia - possa ajudar a garantir a proteção".
O Catar montou uma força-tarefa especial com 5 mil homens, à qual serão adicionados contingentes internacionais. Além dos soldados, 46 veículos terrestres, dois navios e um avião também chegarão da Itália.
As contribuições das nações participantes "foram definidas com base em um pedido específico do Catar e, em relação à Itália, dizem respeito principalmente às capacidades de treinamento de forças locais, de conscientização situacional e de combate à ameaça trazida através de sistemas remotamente pilotados", acrescenta o texto, enfatizando que as necessidades financeiras da missão são de 10,8 milhões de euros.
Entre as novas missões está também a de fortalecimento do flanco leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan): 1.000 militares italianos serão enviados para a Bulgária (cerca de 750 unidades) e Hungria. Além disso, outros 15 homens serão transferidos para Moçambique como parte da missão europeia "Eutm Moçambique".
Para o reforço da presença da Otan no Leste, o contingente italiano estará presente com "um componente de manobra e uma logística reforçada através de uma equipe de ciberproteção das redes". Espera-se também o envio de 380 veículos. O custo da operação é de 39,6 milhões de euros. (ANSA)
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