O meio-campista Tiémoué Bakayoko, do Milan, falou pela primeira vez sobre o enquadro que levou da polícia de Milão, na Itália, e disse que a abordagem dos agentes colocou sua vida "em perigo".
"Errar é humano, mas a principal questão foram as formas e métodos utilizados, acredito que passaram dos limites. Eu me vi com uma arma a menos de um metro de mim e do passageiro, eles claramente colocaram nossas vidas em perigo", afirmou o jogador em suas redes sociais.
O francês ainda comentou que as consequências da abordagem dos policiais "poderiam ter sido mais sérias" se ele não tivesse mantido a calma no momento ou se não fosse um conhecido jogador de futebol.
"Por que não me pediram os documentos? No vídeo postado não é possível ver tudo, aquilo foi a parte mais tranquila do que poderia ter acontecido. Seja qual for os motivos que os levaram a fazer isso, é um erro saber que eles não têm certeza sobre os suspeitos. Quais seriam as consequências? Teriam me levado para a delegacia? Isso me faz pensar em muitas perguntas. Não é aceitável colocar em risco a vida de tantas pessoas", concluiu o meia.
No vídeo, que viralizou nas rede sociais, alguns policiais milaneses, que estavam com armas em punho, foram flagrados fazendo a verificação de dois indivíduos na rua. A intervenção, no entanto, terminou imediatamente quando os agentes descobriram que uma das pessoas abordadas era Bakayoko.
Nel video con protagonista Bakayoko si vedono alcuni poliziotti milanesi controllare, per strada, con le pistole spianate, due persone #ANSA pic.twitter.com/iQCy9SHbmY
— Agenzia ANSA (@Agenzia_Ansa) July 18, 2022
Enquanto um policial revistava o francês do lado de fora do veículo, outros dois foram vistos apontando suas armas em direção ao carro para uma pessoa que estava acompanhando o jogador milanista. Os agentes responsáveis pelo enquadro teriam confundido Bakayoko com o suspeito de um crime motivado por tráfico de drogas.
Nas redes sociais, alguns usuários discutiram sobre o trabalho das forças de ordem e muitos afirmaram que os policiais foram "racistas". Outras pessoas também fizeram comparações entre o jogador e o norte-americano George Floyd, que foi assassinado pela polícia em Minneapolis em 2020.
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