O atacante Edin Dzeko e o meio-campista Miralem Pjanic criticaram a decisão da Associação de Futebol da Bósnia (FSBiH) de disputar um amistoso contra a Rússia em novembro, na cidade de São Petersburgo.
A reação dos dois experientes jogadores foi uma forma de mostrar solidariedade ao povo ucraniano e se manifestar contra a invasão russa, que já custou a vida de diversas pessoas.
Pjanic, que jogou entre 2011 e 2020 no futebol italiano, afirmou que o amistoso marcado pela federação bósnia foi uma "decisão escandalosa".
"Não foi uma boa decisão. Sempre que a seleção começa a conquistar bons resultados, sempre aparece alguma coisa de errado", lamentou o ex-jogador de Roma e Juventus.
Já Dzeko, que defende a equipe da Inter de Milão, também mostrou seu descontentamento em uma entrevista ao site local "Sportsport". O centroavante declarou que está "sem palavras" com o caso.
"Estou sem palavras. A federação conhece minha posição, sou contra a disputa dessa partida. Sou sempre e somente a favor da paz. Infelizmente não sou eu quem decide, mas minha posição é muito clara. Não vou jogar enquanto pessoas inocentes sofrem, sou solidário ao povo ucraniano", disse Dzeko.
A prefeita de Sarajevo, Benjamina Karic, também foi contra a decisão da federação de futebol da Bósnia e ameaçou não deixar a seleção jogar na capital do país.
"Condenamos veementemente a decisão da federação de disputar um amistoso contra a Rússia. Sarajevo foi há muito tempo uma cidade sitiada por um invasor", afirmou a política se referindo ao cerco sérvio durante a guerra da Bósnia (1992-1995).
A União Russa de Futebol (RFS) também marcou amistosos contra Irã e Quirguistão. A Fifa e a Uefa excluíram a seleção da Rússia de todas as competições em função da guerra na Ucrânia, mas não impediu que o país organizasse amistosos.
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