Vítima de racismo, a jogadora de vôlei Paola Egonu, estrela da seleção italiana, recebeu neste domingo (16) um telefonema de solidariedade do primeiro-ministro Mario Draghi.
"A atleta azzurra é um orgulho do esporte italiano e terá ocasiões futuras para vencer outros troféus endossando o uniforme da seleção", diz uma mensagem publicada pela conta oficial do governo no Twitter.
Na postagem, o Palácio Chigi afirma que Draghi expressou "plena solidariedade à campeã Paola Egonu" em uma ligação durante a manhã.
No último sábado (15), após a conquista do bronze no Mundial de Vôlei Feminino sobre os Estados Unidos, Egonu, que é negra e filha de nigerianos, foi filmada fazendo um desabafo com seu empresário, Marco Reguzzoni.
"Você não consegue entender, me perguntaram por que sou italiana... Essa foi minha última partida com a seleção", disse a jogadora, em lágrimas. Mais tarde, Egonu afirmou que se sentia "cansada" e que queria apenas "fazer uma pausa".
Já o presidente da Federação Italiana de Vôlei, Giuseppe Manfredi, declarou à ANSA neste domingo que a atleta está "ligadíssima ao uniforme azzurro" e fez apenas "um desabafo no calor do momento e provocado por quatro imbecis das redes sociais".
"Paola vinha de seis meses de preparação, é normal que estivesse estressada. Agora vamos todos nos acalmar, a próxima convocação será em abril de 2023, e não tenho motivos para pensar que ela não estará", acrescentou.
Essa foi apenas a terceira medalha da Itália no Mundial de Vôlei Feminino, juntando-se ao ouro conquistado em 2002 e à prata de 2018. As azzurre perderam somente duas vezes em 12 partidas no torneio, ambas para o Brasil, que parou na Sérvia na final.
Nascida em Cittadella, no Vêneto, Egonu tem 23 anos e defende a seleção italiana desde 2015, quando ainda era adolescente. A jogadora é um dos pilares da equipe azzurra, que vem de um título no Campeonato Europeu de 2021. (ANSA)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA