A ginasta Alessia Maurelli, atual capitã da seleção italiana de ginástica rítmica, afirmou nesta sexta-feira (4) que ficou "profundamente entristecida" pelas denúncias de abusos que surgiram e mancharam a modalidade do país.
Em entrevista à ANSA, a atleta de 26 anos de idade, que foi medalhista de bronze nas Olimpíadas de Tóquio, lamentou que a ginástica rítmica da Itália esteja envolta em uma "nuvem negra".
"Estou profundamente entristecida por tudo que li nos últimos dias. Confesso o enorme desconforto meu e das atletas em Desio, até porque é impensável manter a calma enquanto o esporte que amo está envolto em uma nuvem negra", lamentou a multicampeã.
Maurelli acrescentou que sempre foi educada com máximo rigor e respeitando o próprio corpo, além de declarar que permanecerá treinando na Academia de Desio, local onde os abusos contra as ex-ginastas teriam ocorrido.
Detentora de mais de 100 medalhas, a ginasta defendeu em sua longa declaração que o esporte que pratica "não é uma disciplina tão desumana e tortuosa". No entanto, Maurelli declarou que não pode permanecer indiferente em relação ao caso.
Várias denúncias de abusos psicológicos e físicos feitas por ex-atletas explodiram nos últimos dias no cenário nacional e abalaram a ginástica rítmica italiana.
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