Faltando poucos dias para o início da Copa do Mundo de 2022, o embaixador do megaevento esportivo, Khalid Salman, descreveu a homossexualidade como um "dano psíquico".
O comentário de Salman foi feito durante uma entrevista à emissora de televisão alemã ZDF. Alguns trechos da conversa foram antecipados pela imprensa local, mas ela será transmitida por completa nesta terça-feira (8), como parte de um documentário chamado "Secret Qatar".
"Durante a Copa do Mundo, muitas coisas vão chegar ao nosso país. Vamos falar de homossexuais. O mais importante é que todos aceitarão que venham ao nosso país, mas terão que aceitar nossas regras", comentou o embaixador.
Em sua perspectiva, a homossexualidade "é um dano psíquico", mas a entrevista foi imediatamente interrompida pelo porta-voz do comitê organizador do Mundial.
A decisão de organizar a Copa do Mundo em um país onde a homossexualidade pode ser punida com a morte, foi muito criticada por grupos LGBTQIA+. As ações do Catar passaram a ser acompanhadas com mais rigor ás vésperas da competição da Fifa.
Em um relatório publicado no último mês, a ONG Human Rights Watch (HRW) denunciou que a polícia do país do Golfo prendeu e cometeu abusos recentemente contra pessoas da comunidade LGBTQIA+.
Football is for everyone ??
— England (@England) October 26, 2022
As part of our support for the #RainbowLaces campaign, we followed @3Lionspride for our @Lionesses and #ThreeLions fixtures at @wembleystadium last month. pic.twitter.com/SqQT5tvjon
O Catar não permite o casamento e relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, tanto que os envolvidos podem ser punidos com uma pena de até sete anos de detenção.
O atacante Harry Kane, do Tottenham e da seleção da Inglaterra, admitiu que pretende usar sua braçadeira de capitão de arco-íris durante os jogos da Copa do Mundo, mesmo que não seja aprovada pela Fifa.
Alemanha
A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, afirmou nesta terça-feira (8) que os comentários do embaixador da Copa do Mundo de 2022, Khalid Salman, sobre a comunidade LGBTQIA+ são "horríveis".
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