Se preparando para o início da Copa do Mundo do Catar, o técnico da seleção do Irã, Carlos Queiroz, afirmou que os jogadores do país "são livres" para protestar em favor das mulheres.
A morte da jovem Mahsa Amini, que faleceu após ser presa pela polícia local por "violar as regras de vestimentas" do país, provocou uma série de manifestações no Irã. Os atos foram fortemente reprimidos pelas autoridades, deixando vários mortos e feridos.
"Todos têm o direito de se expressar, desde que cumpram o regulamento da Copa do Mundo e esteja dentro do espírito do jogo. Há quem se ajoelha antes das partidas, mas existem pessoas que aceitam e outras que não, e no Irã é a mesma coisa", disse o português.
O clima da coletiva de imprensa ficou tenso depois de um jornalista ter perguntado se Queiroz estava tranquilo de treinar o país diante das violações aos direitos das mulheres.
"Quanto vai me pagar para responder a essa pergunta? Fale com seu superior e no final da Copa vou poder dar uma resposta se me fizer uma boa oferta. Não coloque palavras que não disse na minha boca. Acho que também devia pensar sobre o que acontece com os imigrantes na Inglaterra", disse o comandante do Irã, que deixou a coletiva de imprensa visivelmente irritado.
O Irã jogará o grupo B da Copa do Mundo e terá pela frente as equipes da Inglaterra, de Gales e dos Estados Unidos. A estreia do país será na segunda-feira (21), diante dos ingleses.
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