Pouco tempo depois da eliminação do Brasil para a Croácia nos pênaltis nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, o técnico da seleção, Tite, anunciou nesta sexta-feira (9) que deixará o cargo após seis anos de trabalho.
O treinador já havia expressado seu desejo de encerrar sua trajetória no comando da equipe brasileira ao fim do Mundial e se despediu durante entrevista coletiva.
"Derrota dolorida, porém em paz comigo mesmo. Fim de ciclo. Eu já havia colocado há mais de um ano e meio, não sou um cara de duas palavras. Não estava jogando para ganhar e depois fazer drama para ficar, quem me conhece sabe", declarou ele.
O ex-técnico do Corinthians foi contratado em 2016 e somou eliminações nas duas últimas Copas que participou nas quartas de final, além de não ter conquistado o hexacampeonato.
Segundo Tite, o ciclo acabou, "como eu tinha colocado anteriormente, já coloquei já mais de um ano e meio". "Foi um processo. A Copa anterior (2018) foi um processo de recuperação de formação da equipe e agora teve uma sequência inteira. O desempenho vocês fazem a avaliação, está à mostra", acrescentou.
Durante a coletiva, ele ainda fez questão de ressaltar que toda a equipe é responsável pela derrota e que não há um indivíduo a quem possa ser atribuída a culpa. "Não coloquem herói ou vilão no esporte, porque não tem", concluiu.
De acordo com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, as negociações com um novo comandante só serão realizadas a partir de janeiro. Até o momento, não há nenhuma em andamento, apesar da imprensa brasileira especular possíveis substitutos de Tite, como Mano Menezes, Dorival Júnior e Abel Ferreira.
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