(ANSA) - O alemão Bernd Reichart, CEO da empresa A22, que promove a Superliga Europeia, anunciou nesta quinta-feira (9) uma repaginação do projeto.
Em uma entrevista à ANSA, Reichart declarou que o novo plano tem como base a meritocracia, além de tornar a competição mais aberta e inclusiva, ao contrário da ideia original de formar um grupo fechado entre os 12 times mais poderosos do continente.
"Tem uma mensagem fundamental que queremos passar para todos: não haverá mais membros efetivos, desejamos apostar na meritocracia. O mérito esportivo é um dos princípios fundamentais. Tanto os clubes quanto os torcedores querem uma competição atrativa e competitiva", afirmou o alemão.
Mencionando que o futebol da Europa "está à beira do abismo", o representante da A22 declarou que a repaginada da competição passa pela inclusão de 60 a 80 equipes participantes, que serão divididas entre divisões e um sistema de acesso e rebaixamento. Reichart ainda garantiu que não haverá mais "membros permanentes".
A primeira tentativa de fundar a Superliga durou apenas 48 horas, pois a metade dos membros participantes deixou o projeto em virtude da pressão exercida por torcedores e políticos. Atualmente, apenas Juventus, Barcelona e Real Madrid não renunciaram formalmente ao campeonato.
O momento da Velha Senhora foi um dos temas da entrevista, pois o clube perdeu 15 pontos na Série A da Itália em decorrência de um escândalo financeiro e está de fora da briga para tentar voltar a conquistar o Scudetto.
"Não estou preocupado com a situação da Juventus, vou continuar trabalhando junto com seus representantes de forma construtiva e produtiva. Eles seguirão como parceiros comprometidos no projeto, que se preocupam com a sustentabilidade do futebol", declarou Reichart.
O CEO da A22 elogiou o ex-presidente da Juve Andrea Agnelli e não descartou a hipótese de o ex-dirigente ter uma função na Superliga Europeia, pois "poucos conhecem o futebol europeu como ele", segundo o alemão.
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