(ANSA) - Dezenas de associações de mulheres pediram para o Comitê Paralímpico da Espanha (CPE) contestar a vaga conquistada pela atleta transgênero italiana Valentina Petrillo para os Jogos de 2024, em Paris.
A velocista de 49 anos, que passou por um processo hormonal de troca de gênero, corre em provas de 100 à 400 metros rasos na categoria feminina para deficientes visuais.
No Mundial da modalidade, ocorrido no mês passado, a italiana conquistou sua vaga nas Paralimpíadas na final dos 200 metros da categoria T12.
Petrillo, que chamou atenção por ter vencido oito Campeonatos Italianos, eliminou a espanhola Melani Bergés por apenas oito centésimos, fato que provocou muita indignação de grupos de várias nações.
Em uma carta enviada ao CPE, citada pela agência EFE, as associações afirmam que o comitê precisa defender o princípio do "jogo limpo", bem como impedir a violação do direito à igualdade de oportunidades para mulheres.
"Petrillo aproveitou as vantagens competitivas derivadas de ter desenvolvido seu corpo com testosterona para conquistar uma vaga nos Jogos Paralímpicos que em justiça corresponde ao atleta espanhol", afirmam os signatários da carta.
No pedido, as entidades afirmam que a World Athletics, a federação internacional de atletismo, decidiu que pessoas transexuais que iniciaram sua transição médica após a puberdade, caso de Petrillo, não podem disputar competições internacionais
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