(ANSA) - Desejado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para assumir a seleção em 2024, o técnico italiano Carlo Ancelotti teve seu contrato renovado pelo Real Madrid e frustrou os planos da pentacampeã mundial.
A novela envolvendo "Carletto", merengues e Brasil acabou depois de pouco mais de um ano de rumores, reviravoltas e versões dos envolvidos, tanto que Ednaldo Rodrigues, atualmente destituído do comando da entidade, havia cravado que o europeu treinaria a seleção a partir da próxima Copa América.
A confirmação da permanência de Ancelotti no Real Madrid, que adicionou mais um revés para a seleção mais vitoriosa da história em seu conturbado 2023, foi noticiado pelo próprio time espanhol nas redes sociais. O italiano ficará vinculado aos Blancos até 30 de junho de 2026.
Antes de deixar o poder da CBF, Rodrigues destacou que Fernando Diniz, do Fluminense, foi contratado para "fazer a transição" ao colega europeu, pois o atual treinador campeão da Copa Libertadores da América tem uma proposta de jogo "quase parecida" com a de Ancelotti.
O técnico do Real Madrid buscou tratar o assunto com muita cautela, tanto que optou em desconversar sobre o possível acerto em várias ocasiões e até chegou a negar a informação. Na pré-temporada, o italiano se irritou com uma pergunta e disse que nunca mais iria falar sobre o Brasil.
Os péssimos resultados da seleção em campo e o instável momento administrativo da CBF, que teve seu ápice na destituição de Rodrigues, afastaram ainda mais Ancelotti. A saída do cartola baiano do comando da entidade jogou água no chopp das ambições do Brasil em contar com o histórico treinador.
Nas redes sociais, inúmeros torcedores reagiram em tom de ironia à notícia "Carletto" é recordista de títulos na Champions League, com quatro taças, e também já foi campeão nacional na Itália, na Inglaterra, na França, na Alemanha e na Espanha. O comandante está em sua segunda passagem em Madri.
Desde a saída de Tite, após a Copa do Mundo de 2022, o Brasil sempre colocou Ancelotti como prioridade. Até o momento, dois treinadores interinos passaram pela seleção: Ramon Menezes e Diniz.
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