(ANSA) - Uma amiga da mulher que acusa o ex-jogador brasileiro Daniel Alves de agressão sexual afirmou nesta segunda-feira (5) que a denunciante "não sai de casa" e "não confia mais em ninguém".
Ela, que estava acompanhando a amiga no dia em que ela foi atacada pelo ex-lateral, mencionou que a jovem está "obcecada com tudo", pois acredita que todos "estão a olhando".
"Ele [Daniel Alves] teve uma atitude nojenta, colocou a mão nas minhas costas e quase tocou na minha bunda. Nunca a tinha visto chorar assim na minha vida. Ela [vítima] me disse que ele a 'machucou muito'", declarou.
A amiga, que precisou interromper algumas vezes a declaração por ter chorado, acrescentou que a denunciante queria ter ido embora por achar que ninguém iria acreditar nela, mas Matallana a convenceu a fazer um exame de corpo de delito.
Um dos promotores do caso afirmou que a jovem sofre de "estresse pós-traumático de alta intensidade", enquanto uma prima da suposta vítima indicou que ela começou a usar antidepressivos.
Entre as testemunhas interrogadas hoje pelas autoridades espanholas estavam também dois funcionários e o porteiro da boate Sutton, onde o crime teria ocorrido.
A denunciante foi separada de Daniel Alves por uma tela para evitar confronto visual e seu rosto e voz foram modificados nas gravações que serão usadas exclusivamente pelos juízes. O conteúdo do depoimento da mulher não foi divulgado.
O julgamento será retomado na próxima terça-feira (6), quando 22 pessoas deverão depor ao longo do dia, incluindo a esposa do brasileiro, a modelo Joana Sanz, e um amigo que estava com Dani Alves na noite dos fatos.
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