A Fifa e a Uefa alertaram a Federação Italiana de Futebol (Figc) sobre a possibilidade de o país receber severas punições se o projeto de lei que prevê a reforma da entidade for aprovado.
A ideia da Itália é criar uma agência governamental para monitorar os orçamentos dos clubes das três primeiras divisões, o que substituiria a atual Covisoc, comissão de vigilância da Figc.
Além de dar permissão para que o governo interfira no esporte, o plano é separar o futebol profissional da Itália da Figc, algo muito similar já ocorrido na Inglaterra, quando a Premier League se desmembrou da Football Association (The FA).
O alerta da Fifa e da Uefa menciona que os clubes italianos podem ser excluídos das competições das entidades se o texto permanecer o mesmo, além da retirada da nação como sede da Eurocopa de 2032.
O medo das duas entidades é que o governo italiano tenha uma influência indevida sobre o esporte e remova toda a autonomia do sistema de justiça esportiva.
Giovanni Malagò, presidente do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), declarou que o comunicado vai fazer o governo "refletir" sobre o assunto.
Comissão aprova projeto do governo sobre futebol italiano
A Comissão de Cultura e Esporte da Câmara da Itália aprovou nesta quinta-feira (11) a versão reformulada da chamada emenda Mulé, que prevê uma maior autonomia das três principais divisões do futebol do país em relação à Federação Italiana de Futebol (Figc).
Lorenzo Casini, presidente da Lega Serie A, celebrou a aprovação do projeto e afirmou que a notícia "é um primeiro passo essencial no processo de reforma".
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