O presidente da Argentina, Javier Milei, demitiu o subsecretário de Esportes do país, Julio Garro, após o político ter cobrado um pedido de desculpas da seleção pela música racista e transfóbica cantada pelos jogadores argentinos durante as comemorações do título da Copa América.
O cântico, que ofende atletas franceses, foi entoado pelos sul-americanos em um ônibus pouco tempo depois de vencer o torneio da Conmebol. Uma live nas redes sociais feita por Enzo Fernández, do Chelsea, registrou o momento.
"Eles jogam pela França, mas são de Angola. Que bom que eles vão correr, se relacionam com transexuais. A mãe deles é nigeriana, o pai deles cambojano, mas no passaporte: francês", diz a canção racista e transfóbica.
Em uma entrevista ao portal Corta, o subsecretário afirmou que o craque Lionel Messi e o presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia, precisavam se retratar sobre o assunto e pedir desculpas.
"A Presidência informa que nenhum governo pode dizer o que comentar, o que pensar, ou o que fazer à Seleção Argentina, campeã mundial e bicampeã americana, ou a qualquer outro cidadão. Por isso, Julio Garro deixa de ser subsecretário de Esportes da nação", informou o gabinete de Milei.
A Fifa investigará o cântico, enquanto o Chelsea abriu um processo disciplinar contra Fernández, que é companheiro de equipe em Londres dos franceses Wesley Fofana, Axel Disasi, Benoît Badiashile, Malo Gusto, Lesley Ugochukwu e Christopher Nkunku.
"O futebol em 2024: racismo desinibido", lamentou Fofana em suas redes sociais.
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