No ano em que a imigração italiana no Brasil completa 150 anos, uma ítalo-descendente tentará conquistar uma medalha para o país sul-americano nas Olimpíadas de Paris, na França.
A paulistana Laura Pigossi, de 29 anos, obteve em Tóquio o primeiro pódio da história do tênis brasileiro em Jogos Olímpicos, com o bronze nas duplas femininas ao lado de Luisa Stefani, e agora quer repetir a dose na "cidade luz", porém no individual.
"Um dos maiores objetivos da minha carreira é conseguir uma medalha de ouro para o Brasil. Nos Jogos de Paris, não vai ser diferente, entregarei tudo que tenho e jogarei com coração e alma, com a bandeira nas costas", disse a tenista em entrevista à ANSA.
"Tóquio me ensinou muitas coisas não só na carreira, mas na vida pessoal também, e não vejo a hora de tentar uma medalha de novo", acrescentou.
Ex-aluna do Dante Alighieri, um dos únicos dois colégios de São Paulo com paridade com o ensino italiano, Pigossi contou sentir carinho pelo "Belpaese", que vive uma fase de ouro no tênis, com Jannik Sinner - fora das Olimpíadas devido a uma amigdalite - na liderança do ranking mundial masculino e Jasmine Paolini em quinto lugar.
No entanto, a atleta acredita que as Olimpíadas podem contribuir para aumentar a visibilidade do esporte também no Brasil, país onde as atenções historicamente se concentram no futebol.
"O tênis ainda tem muito a crescer no Brasil. Acho que vem melhorando nos últimos anos, e com certeza a medalha [em Tóquio] colaborou. Estamos com vários jogadores bem ranqueados, o que também chama atenção, mas ainda somos o país do futebol", declarou a tenista.
Pigossi não será a única ítalo-descendente defendendo as cores brasileiras em Paris. A lista inclui nomes como os nadadores Guilherme Basseto, Marcelo Chierighini e Stephanie Balduccini e os esgrimistas gaúchos Mariana Pistoia e Guilherme Toldo, ambos do florete, além de Nathalie Moellhausen, nascida em Milão, mas que compete pelo Brasil na espada há mais de 10 anos.
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