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Ex-presidentes da Fifa e Uefa são absolvidos em caso de fraude

Ex-presidentes da Fifa e Uefa são absolvidos em caso de fraude

Platini e Blatter já foram nomes mais poderosos do futebol

ROMA, 25 de março de 2025, 09:31

Redação ANSA

ANSACheck
Blatter e Platini durante eleição da Fifa © ANSA/EPA

Blatter e Platini durante eleição da Fifa © ANSA/EPA

O suíço Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, e o craque francês Michel Platini, ex-mandatário da Uefa, foram novamente absolvidos por um tribunal da Suíça nesta terça-feira (25), em um julgamento de apelação sobre um caso de fraude.


    Os dois, que já foram algumas das figuras mais poderosas do futebol mundial, já haviam sido inocentados pela primeira vez há dois anos e meio.


    Assim como na primeira instância, em 2022, a Câmara de Apelações Extraordinárias do Tribunal Penal Suíço, na cidade de Muttenz, perto de Basileia, não acatou os pedidos do Ministério Público, que no início de março havia solicitado 20 meses de prisão com suspensão condicional da pena para cada um dos réus.
    Após quase 10 anos do início do processo judicial que frustrou a ambição de Platini de chegar à presidência da Fifa, ainda é possível interpor um recurso final de apelação ao Supremo Tribunal Federal Suíço, mas apenas baseado em fundamentos legais limitados.
    Durante quatro dias, o ex-jogador da seleção francesa, 69 anos, e o suíço, 89 anos, compareceram novamente perante à Justiça sob a acusação de terem "obtido ilegalmente, em prejuízo da Fifa, uma quantia de 2 milhões de francos suíços (1,8 milhão de euros na época), em favor de Michel Platini".
    Tanto a acusação quanto a defesa concordam em um ponto: o três vezes vencedor do prêmio Bola de Ouro foi assessor de Blatter entre 1998 e 2002, durante o primeiro mandato do suíço como presidente da Fifa, e os dois assinaram um contrato em 1999, acertando uma remuneração anual de 300 mil francos suíços, totalmente pagos pela entidade.
    Mas em janeiro de 2011, Platini, que tornou-se presidente da Uefa de 2007 a 2015, "reivindicou uma indenização de 2 milhões de francos suíços", definida pela acusação como uma "fatura falsa".
    Ambos alegam que concordaram desde o início com um salário anual de um milhão de francos suíços, por meio de um "acordo de cavalheiros" verbal e sem testemunhas, mas que o estado precário das finanças da Fifa não permitiram o pagamento imediato a Platini.
    Após a absolvição, Platini afirmou que "a perseguição à Fifa e a alguns promotores suíços nos últimos 10 anos acabou completamente".
    Em declaração à Bfm TV, o ex-cartola lamentou que o caso o afastou da possibilidade de disputar a presidência da Fifa em fevereiro de 2016, quando Gianni Infantino foi eleito. "A história é muito simples: fui impedido de me tornar presidente da Fifa", concluiu Platini.
   

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