(ANSA) - Sem mencionar diretamente a polêmica envolvendo Chiara Ferragni, a marca italiana Dolce & Gabbana alertou neste sábado (13) que os "influenciadores automaticamente vão cair".
"Nós éramos os únicos a não trabalhar com influenciadores, tínhamos eles nas passarelas, mas nunca pagamos ninguém. Eles falam por si há muito tempo, não é novidade agora que esta bomba foi lançada", disseram Stefano Gabbana e Domenico Dolce.
Em Milão, durante a Semana de Moda da capital da região da Lombardia, a marca inaugurou o desfile de sua nova temporada outono-inverno de 2024/25. A principal aposta da Dolce & Gabbana foi montar looks que recordam um estilo aristocrático.
Os comentários dos responsáveis pela marca foram realizados antes do início do evento.
"O fotógrafo, assim como o jornalista, faz um trabalho para o qual estudou, tem cultura, você pode dialogar em igualdade de condições. Um influenciador de 20 anos não tem culpa, mas ele não possui essa cultura e, com todo o respeito ao trabalho dele, é diferente. Hoje precisamos voltar a ter qualidade", analisaram os estilistas.
"Nos embriagamos com a comunicação global, hoje todos falamos de tudo, da medicina à moda e da ciência à cultura, mas para isso é preciso ter estudado, caso contrário por qual motivo existiriam as universidades?", acrescentaram.
O império de Ferragni começou a ruir depois de ser multada pelo caso de promoção de um pandoro para caridade, após ter sido denunciada em virtude de uma prática comercial desleal.
Em uma peça publicitária era possível acreditar que os recursos arrecadados com a venda do bolo natalino seriam repassados ao Hospital Regina Margherita, em Turim. Contudo, o órgão antitruste da Itália apurou que, na verdade, a doação já tinha sido feita por uma das empresas de Ferragni meses antes da campanha.
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