Os investigadores envolvidos nas apurações do espancamento de Cristiano Iovino, ocorrido em Milão, na Itália, não descartaram uma possível relação econômica entre o rapper Fedez e os torcedores organizados do Milan que teriam agredido o personal trainer.
De acordo com os procuradores, os ultras milanistas mais próximos do artista, entre eles Christian Rosiello, membro muito ativo da Curva Sud, recebiam uma espécie de compensação financeira para fazer o serviço de "guarda-costas".
No entanto, o grande problema é que o grupo também seria usado por Fedez para outros fins, como resolver questões pessoais através de ações de intimidação ou violentas, segundo as autoridades milanesas.
Rosiello, que também é treinador de kickboxing, apareceu recentemente escoltando Fedez em um tribunal de Roma e se aproximou ainda mais do rapper após a separação da influenciadora digital Chiara Ferragni. O torcedor também já foi visto, mas há cerca de dois anos, fazendo o serviço de segurança da italiana durante um passeio no parque.
Em uma publicação nas redes sociais, a Curva Sud negou que o grupo tenha qualquer envolvimento com Fedez.
"O que nos indigna é a difusão de notícias totalmente falsas, que ligam o nome da Curva Sud ao de Fedez. Reiteramos que não existe nenhum tipo de ligação, nem em assuntos profissionais, nem em assuntos privados", informou.
Em outro caso de agressão da torcida organizada rossonera, mas que não tem a ver com o episódio envolvendo Iovino, a polícia italiana prendeu três pessoas. Um deles é Islam Hagag, conhecido como "Alex Cologno", e ele foi fotografado junto com Fedez na noite em que o personal trainer foi espancado.
Iovino, que é conhecido na Itália por ser instrutor de muitas personalidades, foi brutalmente agredido por quase 10 pessoas em frente à sua casa em Milão, que seriam membros da organizada do Milan. O episódio ocorreu horas depois de ter se desentendido com Fedez em uma casa noturna, provavelmente em razão de uma mulher que acompanhava o rapper.
As câmeras de vigilância do local e duas testemunhas confirmaram a presença do músico no perímetro das agressões, mas ele negou qualquer envolvimento em seu depoimento para as autoridades.
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