O alto representante europeu para Política Externa, Josep Borrell, confirmou nesta segunda-feira (22) que a União Europeia tem tido "uma relação muito positiva" com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e respeitou a sua decisão de desistir da corrida à Casa Branca nas próximas eleições.
"Trabalhamos muito bem com Biden, tivemos uma relação muito positiva. Se ele decidiu retirar-se porque pensa que outro candidato pode ter mais força para vencer as eleições para os democratas, respeitamos a decisão", afirmou ele em Bruxelas, à margem da reunião de ministros das Relações Exteriores da UE.
Borrell disse ainda que "os americanos têm que decidir quem querem na Casa Branca", mas tem "certeza de que haverá uma diferença bastante importante para as relações transatlânticas dependendo de quem estará lá", apesar de caber "aos cidadãos decidir".
"Não quero interferir", acrescentou ele, desejando "o melhor" e destacando que a UE tem de assumir as suas "responsabilidades".
Biden anunciou no último domingo (21) sua desistência de disputar as próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos e endossou a campanha de sua vice, Kamala Harris.
Kremlin observa ‘retórica hostil’ de Kamala Harris sobre Rússia
O Kremlin anunciou nesta segunda-feira (22) ter notado a "retórica hostil" de Kamala Harris, candidata às eleições presidenciais dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, em relação à Rússia.
“Houve algumas declarações cheias de retórica bastante hostil em relação ao nosso país”, declarou o porta-voz do Kremlin, Peskov.
Ministras de Lula comemoram candidatura de Kamala Harris
As ministras do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Anielle Franco (Igualdade Racial) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) comemoraram a candidatura de Kamala Harris à Presidência dos Estados Unidos, após a desistência do mandatário Joe Biden.
"A possibilidade de uma mulher negra como presidenta dos EUA poderia inspirar e impulsionar o Brasil a seguir um caminho semelhante, promovendo ainda mais a igualdade racial de gênero em nossa política", pontuou Franco.
A ministra, irmã da vereadora assassinada em 2018, Marielle Franco (Psol), reforçou ainda que "sabemos que as eleições nos EUA sempre têm um impacto global refletindo diretamente no Brasil e outros países".
"Seguimos atentas e vigilantes por um mundo menos desigual e com democracias cada vez mais com a cara do povo", escreveu ela nas redes sociais.
Já a ministra de Planejamento, Simone Tebet, comentou a decisão de Biden de não tentar um segundo mandato nos comícios de novembro frente ao republicano Donald Trump.
"Política não é personalismo, mas, sim, serviço a favor das ideias e valores", assegurou.
"Biden dá demonstração enorme de grandeza ao compreender que os democratas precisam um fato novo (candidatura Harris)para enfrentar o conservadorismo extremista que ameaça o mundo", concluiu Tebet. (ANSA)
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