A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, foi recebida nesta segunda-feira (29) pelo presidente da China, Xi Jinping, em Pequim, e afirmou que o país asiático é fundamental para a estabilidade e a paz em nível internacional.
Esta é a primeira viagem da líder italiana à China desde que se tornou premiê, em 2022, e ocorre poucos meses depois de seu país se retirar do controverso acordo sobre as "Novas Rotas da Seda", quatro anos depois de sua adesão à iniciativa sobre infraestruturas e investimentos.
"Há uma insegurança crescente a nível internacional e penso que a China é inevitavelmente um interlocutor muito importante para abordar todas estas dinâmicas, partindo dos seus respectivos pontos de vista para pensarmos juntos sobre como garantir a estabilidade, a paz e o comércio livre", declarou ela, durante reunião.
Meloni destacou que a "Itália também pode ter um papel importante nas relações com a União Europeia" na "tentativa de criar relações comerciais tão equilibradas quanto o possível".
Para ela, a Itália e a UE como um todo têm um déficit comercial significativo com a China e, portanto, "é necessário raciocinar juntos sobre como também garantir que o comércio continue livre porque, para isso, precisamos, acima de tudo, que o sistema de regras em que operamos permaneça estável".
Por fim, Meloni disse que está "lançando um plano de ação", assinado com o governo chinês, que define os próximos três anos de sua "cooperação bilateral", com o "objetivo claro de aprimorar o trabalho" já feito, mas também de explorar novas formas para equilibrar as relações comerciais.
Exposição
Durante sua visita à China, Meloni também inaugurou uma exposição sobre Marco Polo no Museu do Milênio em Pequim, como parte das celebrações do 700º aniversário da morte do explorador e mercador.
"A viagem de Marco Polo não foi apenas uma viagem física pela antiga Rota da Seda, mas uma viagem cultural de conhecimento.
Ele trouxe uma riqueza de conhecimentos sobre o império chinês em uma época em que as distâncias eram tão grandes que pareciam intransponíveis", concluiu Meloni.
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