Os ministros das Relações Exteriores do G7 pediram para as "autoridades competentes" da Venezuela publicarem os resultados das eleições presidenciais do último domingo (28) de forma detalhada e com total transparência.
Em nota, os chanceleres de Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, além de o alto representante da UE, apelam "aos representantes eleitorais que compartilhem imediatamente todas as informações com a oposição e observadores independentes".
"À medida que este processo se desenrola, pedimos a máxima moderação no país e uma solução pacífica, democrática e liderada pela Venezuela", acrescenta o texto.
Além disso, o G7 ressalta que "os relatórios de observadores independentes" levantaram sérias preocupações sobre os resultados anunciados e a forma como o processo eleitoral se desenrolou, especialmente no que diz respeito às irregularidades e à falta de transparência no apuramento final dos votos.
Por fim, os ministros expressam solidariedade para a população da Venezuela, que exerceu pacificamente e em grande número o seu direito de voto no dia 28 de julho para dar um futuro ao seu país. "É de fundamental importância que o resultado reflita a vontade do povo venezuelano", conclui o comunicado.
Já o Centro Carter, um dos principais observadores internacionais do processo eleitoral no mundo, avaliou que “as eleições presidenciais da Venezuela de 2024 não cumpriram os parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral e não podem ser consideradas democráticas”.
“O Centro Carter não pode verificar ou corroborar a autenticidade dos resultados das eleições presidenciais declaradas pelo Conselho Nacional Eleitoral Venezuelano.
Segundo comunicado da entidade, “a omissão da autoridade eleitoral em anunciar os resultados discriminados por assembleia constitui uma grave violação dos princípios da democracia e do Estado de direito”.
'Paciência está se esgotando', dizem EUA sobre Venezuela
Em um briefing com jornalistas, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, declarou que a paciência dos Estados Unidos com a Venezuela "está se esgotando". O representante americano ainda reiterou que Caracas apresente imediatamente as atas das urnas.
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