O refém libertado há dois dias pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), Qaid Farhan al-Qadi, foi mantido em cativeiro durante cerca de 40 dias em um hospital em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Aos 52 anos, o cidadão israelo-beduíno de Rahat, recuperado em túnel em uma "operação complexa" no sul de Gaza, esteve detido juntamente com Aryeh Zalmanovich, 86, que foi sequestrado no kibutz Nir Oz e morreu por não receber alimentos e medicamentos.
A informação foi confirmada pelo filho de Zalmanovich, Boaz, à Kan TV, depois de falar com Farhan, que lhe contou os detalhes do período em que ficou no cativeiro.
No início da guerra, os hospitais no sul de Gaza não estavam sob pressão das FDI, que permaneciam no norte da Faixa e, evidentemente, foram utilizados durante muito tempo para manter os reféns sequestrados desde o início da guerra entre Israel e Hamas, no dia 7 de outubro de 2023.
Na entrevista, Boaz explicou que "seu pai esteve no hospital no sul da Faixa de Gaza com Farhan durante todo o tempo de sua prisão, cerca de 40 dias".
"Um vínculo especial foi criado entre eles, Farhan também ficou ferido, mas cuidou do meu pai e o apoiou. Papai estava velho e doente, não recebeu medicamentos e tratamento adequados, foi morto desta forma com um longo sofrimento físico e mental", contou.
"Meu pai disse a Farhan que nos ama e que deveria cuidar dos membros do kibutz", concluiu.
De acordo com as autoridades israelenses, 104 dos 251 reféns sequestrados pelo Hamas na ofensiva de outubro passado permanecem em Gaza, incluindo os corpos dos 34 mortos confirmados pelas FDI.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA