Ryan Routh, suspeito de planejar um ataque contra o candidato a presidente dos Estados Unidos Donald Trump, foi formalmente acusado de crimes federais ligados a armas de fogo e arrisca pegar 20 anos de prisão.
A informação é da agência Associated Press e foi divulgada após o homem comparecer a um tribunal, onde ouviu as acusações de posse de arma apesar de ter uma condenação anterior e posse de arma com número de série parcialmente apagado.
A primeira tipologia pode render a Routh uma pena de até 15 anos de prisão, e a segunda, a até cinco anos de cadeia.
Durante a audiência, o suspeito disse que ganha cerca de US$ 3 mil (R$ 16,6 mil) por mês e que não tem dinheiro guardado - seus únicos bens seriam dois caminhões. Ele também contou que tem um filho de 25 anos que o ajuda financeiramente. Uma nova sessão foi marcada para 23 de setembro.
Routh teria sido flagrado com um fuzil perto de onde Trump jogava golfe em um clube na Flórida. Um agente do Serviço Secreto reagiu e disparou contra o homem, que fugiu em um veículo Nissan preto e foi detido - já desarmado - pouco depois.
Segundo o xerife de Palm Beach, Ric Bradshaw, Routh não disparou nenhum tiro contra o ex-presidente. O suspeito é eleitor do Partido Democrata e já tinha expressado o desejo de "morrer" em defesa da Ucrânia na guerra contra a Rússia.
Há cerca de dois meses, Trump foi alvo de uma tentativa de homicídio durante um comício eleitoral na Pensilvânia, ocasião em que acabou ferido por um tiro de raspão na orelha.
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