O governo da primeira-ministra Giorgia Meloni aconselhou nesta quarta-feira (25) os cidadãos italianos que trabalham no Líbano a deixarem o país "o mais rápido possível", em decorrência da escalada da tensão no Oriente Médio.
O apelo foi feito pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, em declaração à imprensa à margem da Assembleia de Parlamentares do Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, em Nápoles.
"Sempre aconselhamos os italianos que trabalham no Líbano a deixar o país o mais rápido possível", declarou ele, enfatizando que "ainda há voos de Beirute para o Ocidente".
Segundo o chanceler, o número de italianos que estão no Líbano a trabalho não passa de 300. A situação é diferente para os cerca de 3 mil italianos que possuem passaporte duplo e que não têm interesse em sair do país.
Tajani revelou ainda que os soldados italianos no Líbano "estão seguros neste momento, mas estamos atentos a eles e cuidando da sua situação".
Além disso, contou que "o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, escreveu várias vezes à Organização das Nações Unidas para garantir a segurança" dos militares.
A fronteira entre Líbano e Israel, onde atua o movimento xiita Hezbollah, é palco de tensões desde o início da atual guerra da Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023. No entanto, a situação se agravou há cerca de uma semana, quando explosões coordenadas de pagers e walkie-talkies atribuídas pelo Hezbollah a Israel deixaram dezenas de mortos no Líbano.
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