O vice-premiê da Itália e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, anunciou nesta quarta-feira (2) um pacote adicional de 17 milhões de euros (cerca de R$ 102 milhões) ao Líbano, que tem sido alvo de ataques das forças de Israel há cerca de 10 dias.
Em declaração ao Conselho das Relações Exteriores da Itália, o político também afirmou que o governo italiano está trabalhando por um cessar-fogo no Oriente Médio.
"A escalada militar no sul do Líbano já causou o êxodo de milhares de pessoas para a capital [Beirute] e outras áreas consideradas mais seguras, inclusive, a Síria. Se trata da maior fuga da população em um conflito desde 2006. A rapidez e a amplitude do êxodo exigem, com urgência, uma resposta adequada em tempo e no apoio financeiro", justificou Tajani.
Segundo o chanceler italiano, o apoio humanitário ao país árabe será destinado aos libaneses deslocados.
"Esta iniciativa é um adicional aos 50 milhões de euros (R$ 300 milhões) já destinadas para iniciativas de desenvolvimento e de emergência", concluiu o ministro, que também lembrou que "nos últimos dias, [as cidades libanesas de] Beirute e Tiro receberam duas toneladas de alimentos e ajuda sanitária enviadas pelo Ministério da Defesa [italiano]".
Por fim, Tajani informou que o suporte ao Líbano se une à ajuda humanitária que a Itália tem disponibilizado na Faixa de Gaza, "cujo financiamento, desde o início do conflito [há um ano] foi de 55 milhões de euros (R$ 330 milhões).
A Faixa de Gaza tem sido constantemente bombardeada por Israel desde outubro de 2023, em retaliação aos ataques do grupo Hamas no país judeu. Há cerca de 10 dias, o Líbano tornou-se um novo alvo das forças israelenses sob a justificativa de liquidar os membros do grupo xiita Hezbollah. O conflito no Oriente Médio tem causado a morte e o deslocamento de diversos civis.
"Em um contexto cada vez mais complexo, que se refere a um quadrante particularmente vasto, estamos intensificando os contatos diplomáticos: o objetivo inicial é a desescalada [da guerra] a partir de um cessar-fogo no Líbano e em Gaza", afirmou Tajani, que durante o encontro dos ministros das Relações Exteriores do G7, liderado pela Itália, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, na última semana, já havia pedido o envolvimento de todos os atores na moderação do conflito.
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