A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) chamou de "catastrófico" o impacto humanitário no Oriente Médio devido ao confronto entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, que desrespeita a resolução criada pela ONU em 2006 para cessar o conflito na região.
Segundo a coordenadora da Unifil, Jeanine Hennis-Plasschaert, "após um ano [do 7 de outubro de 2023], os bombardeios cotidianos se transformaram em uma implacável campanha militar, cujo impacto humanitário é, no mínimo, catastrófico".
Hennis-Plasschaert lembrou que o grupo xiita deu início ao conflito em 2023 ao lançar foguetes contra fazendas israelenses, uma "violação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança", cujo objetivo era implementar um cessar-fogo definitivo entre Israel e Hezbollah baseado na criação de uma "zona tampão" de segurança.
"Há um ano nossos repetidos apelos à moderação, à proteção dos civis, ao cessar-fogo e a um processo político ancorado na implementação da resolução 1701 permanecem sem ser ouvidos", acrescentou a representante da Unifil.
Fontes militares afirmaram que a situação das bases italianas da força da ONU no Líbano "oscila entre os níveis 2 e 3 de alerta", ou seja, o patamar máximo, e soldados usam capacete e colete à prova de balas o tempo todo - a Itália fornece um dos principais contingentes para a missão.
Em cerca de 20 dias de ofensiva israelense contra o Hezbollah no Líbano, cerca de 2 mil pessoas morreram, número que tende a aumentar, enquanto os deslocados ultrapassaram a marca de 1,2 milhão.
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