O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (Acnudh) cobrou nesta terça-feira (15) uma investigação independente sobre o ataque israelense que matou pelo menos 22 pessoas no vilarejo de Aitou, no norte do Líbano.
A localidade tem pouco mais de mil habitantes, a maioria católicos maronitas, e é o primeiro alvo israelense no norte do país árabe durante a ofensiva contra o grupo xiita Hezbollah, cujas atividades se concentram no sul e no leste libanês e nos subúrbios da capital Beirute.
"O que estamos escutando é que há 12 mulheres e duas crianças entre as 22 pessoas mortas", disse Jeremy Laurence, porta-voz da agência da ONU para direitos humanos. De acordo com ele, é preciso abrir uma "investigação rápida, independente e completa" sobre o bombardeio, ocorrido na segunda-feira (14).
"Temos preocupações reais sobre o direito internacional humanitário, ou seja, as leis da guerra e os princípios da distinção e da proporcionalidade", acrescentou Laurence.
Deflagrado na esteira da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, o atual conflito entre Israel e Hezbollah já deixou mais de 2 mil mortos no Líbano em pouco menos de um mês, e Tel Aviv conseguiu eliminar a maior parte do comando do grupo xiita, incluindo o líder Hassan Nasrallah.
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