O governo italiano anunciou nesta terça-feira (22) que reuniu, na cúpula dos ministros do Desenvolvimento do G7, em Pescara, representantes de Israel, Líbano e Palestina pela primeira vez desde o início da guerra no Oriente Médio.
"Extraordinário sucesso político para a Itália no G7 de Desenvolvimento em Pescara. Pela primeira vez reunimos israelenses, palestinos e libaneses", escreveu o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, em seu perfil no X.
O chanceler italiano destacou ainda que este fato inédito representa que todos estão "alcançando a paz através do diálogo" e demonstrou apoio por uma trégua no conflito, em particular no Líbano, onde as bases da Força Interina das Nações Unidas (Unifil) foram alvos de ataques.
"O G7 está fortemente unido no apelo ao cessar-fogo no Líbano, no início de um processo político sério rumo à plena implementação da resolução 1701 e no apoio à missão da Unifil", acrescentou ele ao se dirigir ao seu homólogo libanês, Abdallah Bou Habib, durante a cúpula.
Segundo Tajani, a Itália também "está pronta para fazer a sua parte" e está pensando, antes de mais nada, na assistência à população" com os 10 milhões adicionais em ajuda humanitária atribuídos pelo governo de Giorgia Meloni.
"Estamos na linha da frente com os nossos soldados da Unifil. Os ataques contra as forças de manutenção da paz são inaceitáveis, repetimos isso a todos. A Unifil é um instrumento de paz que queremos confirmar e fortalecer", reforçou.
Por fim, o vice-premiê italiano afirmou que "é importante que o Líbano e as instituições libanesas nos ajudem a ajudá-los". "Por esta razão, a nossa forte esperança é que o presidente da República possa ser eleito em breve. É essencial que as forças armadas libanesas - a espinha dorsal do país - estejam presentes e operacional em todo o Líbano, especialmente no sul, bem equipado e bem treinado", concluiu.
Mais cedo, Tajani já havia proposto a realização de uma conferência internacional para a reconstrução da Faixa de Gaza, devastada por mais de um ano de guerra entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas.
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