Naim Qassem, 71 anos, é o novo líder do grupo xiita Hezbollah, alvo de uma ofensiva de Israel no Líbano desde meados de setembro.
A informação foi divulgada pela emissora de TV Al Manar, operada pelo próprio "Partido de Deus".
Qassem foi durante muito tempo o vice-secretário-geral do Hezbollah, mas, apesar disso, era considerado uma figura de segundo plano em relação ao finado líder do grupo, Hassan Nasrallah, morto em um bombardeio israelense em Beirute em 27 de setembro, e àquele que era considerado o sucessor natural no comando do movimento xiita, Hashem Safieddine, vítima de um ataque nos subúrbios da capital libanesa em outubro.
Tanto Nasrallah quanto Safieddine se diziam saídes, ou seja, descendentes do profeta Maomé, uma espécie de nobreza moral e política na vertente xiita do Islã, diferentemente de Qassem, um sheik, figura de respeito, mas com autoridade religiosa menor - a diferença visual entre os dois grupos está no turbante preto usado pelo primeiro e no turbante branco endossado pelo segundo.
Em comunicado, o Hezbollah prometeu continuar a "resistência" contra Israel e hastear sua bandeira "até a vitória". "Trabalharemos juntos para alcançar os objetivos", diz a nota do grupo.
Apoiado pelo Irã, o movimento xiita é aliado do Hamas na guerra na Faixa de Gaza e vem trocando hostilidades com Israel no sul do Líbano desde a eclosão do conflito, em 7 de outubro de 2023.
No entanto, em setembro passado, as Forças de Defesa Israelenses (IDF) iniciaram uma ofensiva contra o Hezbollah, primeiro por via aérea e depois também por terra, que já resultou nas mortes de mais de 2 mil pessoas, incluindo a maior parte do primeiro escalão do grupo.
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