Enquanto se agrava o número de mortos nas inundações na Espanha, o governador da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, de centro-direita, se tornou alvo de críticas por supostamente ter subestimado o tamanho da tempestade.
A Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) do país emitiu um alerta vermelho sobre as chuvas às 7h (horário local) da última terça-feira (29), porém apenas 11 horas depois, exatamente às 20h03, moradores da região receberam avisos da Defesa Civil nos celulares para não sair de casa.
A essa altura, diversas zonas da Comunidade Valenciana já estavam alagadas devido ao transbordamento de rios. No entanto, o alarme inicial da Aemet citava o risco de "fenômenos de intensidade excepcional", com nível de perigo "muito alto" para a população.
Quando a chuva começou, Mazón estava em um evento de promoção turística, e sua primeira reação foi pedir aos cidadãos que tivessem prudência nas ruas. Além disso, indicou que a tempestade perderia intensidade ao longo da tarde, o que não aconteceu.
O governador também é criticado por ter eliminado a Unidade de Emergência Valenciana, instrumento de resposta e socorro rápido em casos de catástrofe. "São horas muito complexas para familiares e desaparecidos. Estamos consternados", afirmou Mazón após as primeiras notícias sobre o tamanho da tragédia, já nesta quarta-feira (30).
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