Oito dos 11 juízes da Suprema Corte de Justiça do México renunciaram ao posto na última quarta-feira (30), após a aprovação da reforma judiciária que prevê a escolha dos magistrados através do voto popular.
De acordo com nota do órgão, "oito juízes recusaram-se a participar das eleições que farão do México o único país do mundo a selecionar todos os seus juízes pelo voto popular".
As demissões, que terão efeito a partir de 31 de agosto de 2025, ocorreram no prazo final para juízes e magistrados declararem a intenção de concorrer ou não à votação popular marcada para 1º de junho do próximo ano. Se não tivessem se pronunciado hoje (31), os juízes teriam perdido o direito às suas aposentadorias..
A maioria dos que renunciaram se opõe à reforma promovida pela recém-empossada presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, e por seu antecessor, Andrés Manuel López Obrador.
A Suprema Corte discutirá na próxima terça-feira (5) um projeto do juiz Juan Luis González, um dos oito que renunciaram, para invalidar parcialmente a alteração aprovada pelo Parlamento em setembro.
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