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Premiê da França é destituído do cargo após moção de censura

Premiê da França é destituído do cargo após moção de censura

Michel Barnier permaneceu apenas três meses no cargo

PARIS, 04 de dezembro de 2024, 17:28

Redação ANSA

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Barnier viu seu governo ser deposto em um voto de desconfiança, coisa que não acontecia desde 1962 © ANSA/EPA

Barnier viu seu governo ser deposto em um voto de desconfiança, coisa que não acontecia desde 1962 © ANSA/EPA

O Parlamento da França derrubou nesta quarta-feira (4) o governo do primeiro-ministro do país, Michel Barnier, que assumiu a função há apenas três meses.
    Em uma união pouco usual entre os deputados de esquerda e da extrema direita, a votação da moção de censura contra o premiê foi aprovada por 331 votos de um total de 574 parlamentares.
    Além de se tornar o primeiro-ministro com o mandato mais curto da história da França, Barnier viu seu governo ser deposto em um voto de desconfiança, coisa que não acontecia desde 1962.
    O presidente da França, Emmanuel Macron, voltou imediatamente da Arábia Saudita, onde estava em uma visita oficial, e pretende nomear um sucessor dentro de algumas horas.
    A parlamentar Mathilde Panot, do partido de esquerda França Insubmissa (LFI), declarou que "Macron deve ir" e que a legenda de Jean-Luc Mélenchon está pronta para "chegar ao poder com um programa de ruptura" com o passado.
    "A inevitável censura chegou para Barnier em três meses, e Macron não durará três anos", afirmou Mélenchon.
    Em um tom bastante moderado, Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN), declarou que "deixará o próximo premiê trabalhar" em uma manobra financeira que seja "aceitável para todos".
    "Não havia outra solução. Barnier não deu ouvidos à oposição no desenvolvimento da sua manobra. O imenso amor que tenho pela França sempre facilitou tudo para mim, mesmo que tenha sido forçada a unir os meus votos aos França Insubmissa", avaliou.
    Barnier permaneceu três meses na função e foi nomeado pelo presidente da França pouco tempo depois das eleições de julho, quando a esquerda surpreendeu e ganhou o pleito.
   

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