O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse nesta sexta-feira (10) para um novo mandato de seis anos à frente do governo, após ter sido declarado vencedor das eleições de 28 de julho de 2024, resultado contestado pela oposição e por boa parte da comunidade internacional.
A cerimônia foi realizada em Caracas, capital do país latino-americano, após um dia de protestos da oposição contra o regime chavista e em meio a um forte esquema de segurança, incluindo fronteiras fechadas com a Colômbia.
Maduro prestou o juramento diante do presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez Gómez, e na presença de poucos representantes internacionais - o Brasil, que não reconhece o resultado das eleições, enviou apenas sua embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira.
O governante prometeu "respeitar todas as obrigações da Constituição" e que seu novo mandato será um período de "paz, prosperidade e democracia". O juramento foi feito com uma cópia da Constituição assinada por Hugo Chávez, líder da assim chamada revolução bolivariana.
Ex-motorista de ônibus e sindicalista, Maduro assumiu o poder em março de 2013, após a morte de seu mentor Chávez, vítima de um câncer. Cerca de um mês depois, foi eleito pela primeira vez ao derrotar Henrique Capriles por 50,61% a 49,12%.
O chavista renovou seu mandato em 2018, com 67,84% dos votos, e 2024, com 51,95%, mas os pleitos sempre foram marcados por suspeitas de fraudes e manipulação.
O opositor Edmundo González Urrutia reivindica a vitória nas eleições do ano passado e recebeu asilo na Espanha após se tornar alvo de mandados de prisão da Justiça, mas prometeu retornar à Venezuela nesta sexta-feira para tomar posse do cargo. Diplomata de carreira, ele é reconhecido como presidente eleito por países como Estados Unidos e Argentina.
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