O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, vai retomar as relações diplomáticas com a Venezuela a partir do dia 1º de janeiro de 2023, confirmou o novo ministro das Relações Exteriores do país, Mauro Vieira.
Em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (14), o futuro chanceler afirmou que "o presidente Lula me instruiu para que fossem restabelecidas as relações [...] e num, primeiro momento, com um encarregado de negócios para retomar os prédios que temos lá, residências, chancelaria, reabrir a embaixada e, posteriormente, indicar um embaixador".
As relações entre os dois países foram rompidas em 2019, no início do governo de Jair Bolsonaro. Desde então, o país não tem representantes na nação vizinha e a "representação diplomática" venezuelana no Brasil é feita por uma indicada de Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente após o mandatário formal, Nicolás Maduro, ordenar o fechamento da Assembleia Nacional.
EUA
Na noite desta quarta-feira, o Senado dos Estados Unidos aprovou a nomeação de Elizabeth Bagley como a nova embaixadora do país no Brasil. A indicação do nome havia sido feita pelo presidente Joe Biden em janeiro, mas só agora houve a votação.
Em junho, o Comitê de Relações Exteriores do Senado havia rejeitado a indicação de Bagley por conta de uma frase dita por ela em 1998, em que lamentava que o "lobby judeu" fizesse o Partido Democrata - do presidente Biden - apoiasse políticas que ela discordava, como reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
A diplomata atuou na aprovação do acordo Camp David, entre Israel e Egito, e foi embaixadora em Portugal entre 1994 e 1997 no governo de Bill Clinton (1993-2001).
Bagley vai substituir Todd Chapman, que foi indicado pelo republicano Donald Trump (2017-2021), e terá a missão de ajudar na retomada das relações entre as duas nações com a chegada de Lula à Presidência.
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