(ANSA) - Os ministros das Relações Exteriores dos países que fazem parte do G20 não chegaram a um acordo sobre a guerra da Ucrânia e o tradicional comunicado final não será divulgado por todos, informam os próprios chanceleres nesta quinta-feira (2). Rússia e China se negaram a assinar o documento.
Anfitrião do evento, o ministro indiano Subrahmanyam Jaishankar disse que "houve divergências e diferenças que não conseguimos conciliar em vários níveis" e que esse é o motivo de não haver declaração.
A situação é semelhante a que ocorreu no encontro entre os ministros da Economia e Finanças que, no último fim de semana, publicaram o comunicado final ressaltando que russos e chineses se opuseram à condenação da guerra na Ucrânia.
Por meio da agência estatal de notícias Tass, o chanceler de Moscou, Sergei Lavrov, disse que o "Ocidente sacrificou todas as questões que deveriam estar no centro da agenda do G20 por suas ambições na Ucrânia".
O trecho do texto que causou a crise pedia "a retirada completa e incondicional da Rússia do território da Ucrânia".
Blinken e Lavrov
Às margens da reunião dos ministros, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, teve um "rápido" encontro com seu homólogo russo, Lavrov, o primeiro desde o início da invasão de Moscou na Ucrânia, em fevereiro do ano passado.
Segundo o representante de Washington, ele solicitou que a Rússia "ponha fim a essa agressão injusta e trabalhe para uma paz duradoura". Blinken ainda pediu que Moscou reverta a decisão que suspendeu a participação dos russos do acordo nuclear New Start, que controlava a quantidade de ogivas nucleares dos dois países.
Moscou, por sua vez, confirmou a conversa "breve" e disse que "não houve nenhuma negociação" entre os dois representantes.
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