(ANSA) - O presidente da França, Emmanuel Macron, faz um pronunciamento à nação nesta quarta-feira (22) sobre a reforma da previdência e a derrota das moções de desconfiança ao governo e ressaltou que a mudança "seguirá seu caminho".
"Precisamos andar adiante, a reforma está no interesse superior da nação", disse ainda.
Segundo Macron, "no momento em que estou falando com vocês, vocês acham que eu gosto dessa reforma? A resposta é não". "Poderia ter colocado o problema embaixo do tapete, como muitos antes de mim fizeram, claro que sim. Mas a reforma não é um luxo, é necessária para voltar a dar equilíbrio para o sistema", acrescentou.
Sobre as manifestações ocorridas nos últimos dias, especialmente desde que a premiê Elisabeth Borne anunciou a ativação de uma cláusula constitucional que aprovava a reforma sem passar pela análise tradicional do Parlamento, Macron disse que as "respeita", mas condenou a violência.
"Quando os sindicatos se manifestam, eles têm a legitimidade, quando organizam os cortejos, que são contrários a essa reforma, eu os respeito. Mas, não podemos aceitar a violência porque não estamos contentes com alguma coisa", pontuou.
Durante seu pronunciamento, o presidente ainda afirmou que "vai retomar as discussões com os parceiros sociais" e que isso será feito "nas próximas semanas". Além disso, prometeu que o governo "vai agir para um retorno à normalidade" e que "não tolerará nenhum excesso".
A reforma da previdência de Macron adia a idade de aposentadoria dos 62 para os 64 anos até 2030 e antecipa para 2027 a exigência de contribuição por 43 anos - ante 42 atualmente - para receber a aposentadoria de forma integral.
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